Eu e minha jornada na conquista da mente e o estado presente...

Um ditado japonês reza o seguinte: “coma 80% do que pede seu apetite e deixe o seu médico chorar”. A digestão precisa desses 20% de espaço. Se eu tenho uma garrafa e quero limpá-la, não vou conseguir se estiver completamente cheia: tenho de deixar um espaço para que a água faça o trabalho ao sacudi-la. É um principio muito simples que se aplica a múltiplas circunstâncias.

Essa é a mudança mental que buscamos por meio da postura e da respiração (dentro do yoga). E obtemos essa mudança quando nos identificamos com o movimento no instante em que o fazemos; essa identificação vai nos levar para além do que nos limita o corpo e para além da mente.

Começo por estar atento a cada movimento, apercebê-lo. Sinto e identifico cada mudança em meu corpo - não apenas em parte: na totalidade de meu corpo e minhas funções internas. Mesmo que por apenas alguns segundos, começo a dirigir a minha mente. Dali a pouco, outro pensamento se instala – algo que tenho de fazer daqui a pouco -, então retorno ao aqui e agora. E vou-me novamente. E volto.

Esse é o momento em que percebemos a importância da permanência. Só ao permanecemos no controle, aqui e agora, seremos capazes de identificar o que está além dos limites.

{Insights da leitura A ioga do mestre e do aprendiz}

Preste atenção!

Peço licença ao autor e colega, Diego Haupman, para publicar essa interessante reflexão que exprime meu dia. Sabe quando a gente está "chocando" uma gripe...
"O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando a raiva não consegue sair do coração.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
O coração enfarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
A gripe ataca quando todas as barreiras do medo estão expostas."

Gonjasufi

Sumach Ecks ou Gonjasufi como é conhecido, é rapper, cantor, DJ que atualmente vive em Las Vegas. Nascido de uma mãe mexicana e pai americano de origem etíope; ele vem divulgando sua música desde o início da década de 1990 entre movimento Hip Hop de San Diego, com CD Masters of the Universe. Ecks ganhou notoriedade em 2008, após uma aparição no álbum do músico californiano Flying Lotus, albúm Los Angeles, onde ele canta na faixa "Testamento". Seu álbum de estréia, A Sufi and a Killer, foi lançado em março de 2010 e ele atribui a sua ecêntrica voz ao seu emprego; adivinha de quê?! Professor de yoga!!! rsrs Show!
ttp://www.sufisays.com/
http://www.myspace.com/gonjasufi

Revelações...

Sabe que muitas pessoas me revelam, ao ter maior contato comigo no dia a dia, que fazer yoga deve ser muito bom mesmo porque eu sou uma pessoa “tão calma e tranqüila” aí logo tiram a conclusão. Mas revelo mais, muito, muito mais do que isso...
Uma das razões básica pelas quais muitas pessoas assumem uma prática de yoga é mudar algo nelas mesmas: conseguir pensar mais claramente, sentir-se melhor e ter condições para agir hoje de maneira melhor do que ontem, em todas as áreas da vida. O Yoga não exigi que se tenha um sistema particular de crença e, caso já tenhamos um, ele não será contestado pelo yoga. Qualquer um pode começar, e o ponto em que começamos é muito pessoal e individual, dependendo de onde estamos naquele momento. Por que iniciamos esta jornada? Porque notamos que freqüentemente não reconhecemos com clareza suficiente as coisas ao nosso redor e dentro de nós.
{Desikachar, T.K.V}

Bom e para saber qual vai ser a SUA jornada no yoga?! Só experimentando, praticando e compartilhando ;)

Minha Mensagem do dia...

Yoshinori Kobayashi
Tanto no mundo espiritual como no mundo físico, pode-se escalar uma montanha de vários caminhos diferentes. Um pode ser longo, o outro, curto; um pode ser tortuoso e difícil, enquanto o outro se mostra fácil e direto. De qualquer modo, por todos eles pode-se chegar ao cume.

{A ávore do Yoga - B.K.S Iyengar} 

Comece a semana praticandOM!

O corpo foi feito para se movimentar, mas os hábitos sedentários de muitas pessoas acabam fazendo com que o corpo delas perca flexibilidade que é a qualidade própria do movimento. Então que tal começarmos a semana em movimento?! Mão na massa pessoal!!!
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Comunicação. Cultive a sua!

A comunicação é uma das nossas principais formas de interagir com o mundo. O que não nos damos conta é que o ato de comunicar e ser bem compreendido são uma responsabilidade daquele que está comunicando. E para que a comunicação seja efetiva é imprescindível que seja Satyam (verdadeira), comunicada de forma Pryam (gentil, amigável, agradável) e que tenha como objetivo Hitam (ser benéfica, conveniente, adequada e saudável).

Assim sendo, temos que olhar de frente e questionar a nossa forma de comunicar, seja verbalmente com palavras, sutilmente com o corpo, sofisticadamente através da escrita ou simplesmente por meio de um olhar. Perceber se esta comunicação está em consonância com os anseios da nossa alma e ter um alinhamento de pensamentos, palavras e atos, para nos tornarmos indivíduos integrados, e desta forma viver realmente em sintonia com o que falamos e o que sentimos.

Ou como Gandhi resumiu muito bem "felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em harmonia". E para poder equilibrar o que você pensa, o que você diz e o que você faz busque o silêncio! :)

Tá rolando na net...

Recebi esse video por e-mail e não resisti. Muito legal!!!
Idéias simples e inteligentes para solucionar e/ou incentivar ações digamos "socioeducativa" EU APOIO e ADORO!

O Buscador da Verdade

Um cOMto para começar a semana refletindo... Era uma vez...
Um jovem buscador da verdade decidiu deslocar-se até a cidade de Jaipur para falar com um grande mestre. Depois de meses de caminhada, finalmente o jovem se aproximou do mestre e perguntou:
- O que devo fazer para encontrar a verdade?
O mestre lançou um olhar penetrante ao jovem, respirando fundo e lentamente. A resposta sairia a qualquer instante:
- Meu caro jovem, percebo que seu coração é puro e sua busca sincera. O que posso lhe dizer é que o Ser Supremo se manifesta em todas as coisas do universo.
O jovem, decepcionado, esperava que o mestre lhe passasse informações valiosas, mantras poderosos, técnicas de meditação ocultas, porém, nada disso aconteceu. O buscador da verdade decidiu ir embora; encontraria outro mestre em outra cidade.
Depois de mais de um ano de andanças, o jovem encontrou na cidade de Madras um outro mestre de grande prestígio. O buscador da verdade fez a mesma pergunta para o segundo mestre:
- O que devo fazer para encontrar a verdade?
O mestre, rodeado por vários alunos, olhou para o jovem que fizera a pergunta e disse:
- Eu vou lhe dar a resposta que você quer, porém, antes quero que você trabalhe para mim durante treze anos no meu ashram.
O jovem sentiu um calor dentro do coração; aquelas palavras ressoavam como o início de um caminho sem volta.
- Concordo, mestre. E o que vou fazer no seu ashram?
- Você será o responsável por limpar o esterco das nossas vacas sagradas.
O buscador da verdade acatou o pedido sem nenhuma reclamação, e por treze anos trabalhou com dedicação na tarefa de limpar o esterco das vacas.
Passados os treze anos, o jovem, que não era mais jovem, aproximou-se do mestre e disse:
- Estou preparado para ouvi-lo.
Os treze anos combinados se passaram, agora quero saber o que devo fazer para encontrar a verdade.
O mestre se aproximou do aluno, pousou a mão na cabeça dele e, envolto em um cheiro de esterco de vaca, disse:
- O que posso lhe dizer é que o Ser Supremo se manifesta em todas as coisas do universo.
Ao ouvir tais palavras, o aluno cerrou os olhos, respirou fundo e pela primeira vez na vida sentiu a emoção daqueles que se iluminam. Ao voltar ao seu estado normal, perguntou ao mestre:
- Curioso, há muito anos fiz a mesma pergunta a outro mestre, e ele me deu a mesma resposta, mas naquela época nada aconteceu comigo. Por quê?
O mestre juntou as mãos às do aluno e respondeu:
- A verdade não mudou nesses anos todos, quem se transformou foi você.

{Conto extraído do livro As 14 pérolas da índia -  Brenman, Ilan}

{ All we need is love }


"O amor não é cego. Vê sempre as pessoas queridas tais quais são e as conhece, na intimidade, mais do que os outros. Exatamente por dedicar-lhes imenso carinho, recusa-se a registrar-lhes os possíveis defeitos, porquanto sabe amá-las mesmo assim."  

Moving on...

Namastê seguidores!

Estou tendo uma semana bem atípica e é por esse motivo a irregularidade dos posts... Peço mil desculpas e espero retomar a nossa deliciosa rotina de posts diários na semana que vem! Mas toda situação nos mostra alguma lição, não é mesmo? Então para postar minhas reflexões sobre este momento, vou citar um ensinamento do prof. Shimada (já citado aqui em outro post!).

O reconhecimento de nossos limites conduz à libertação. Tomar consciência é uma atitude igualmente libertadora: se tivermos o domínio da mente e do corpo, podemos usar e experimentar de tudo na vida. Jamais nos tornaremos escravos de um vício, ou vítimas dos excessos, presas do desequilíbrio.”

IstoÉ Yogaaaa!!!!

Todo o poder da ioga
(para aqueles que ainda duvidam ou desconfiam do que essa filosofia prática é capaz!!)

A técnica ganha o respeito da medicina e é usada para ajudar no tratamento de câncer, obesidade, dor crônica e doenças cardíacas, respiratórias e psiquiátricas.
Cilene Pereira e Mônica Tarantino para a Revista IstoÉ - jun 2011

Nesta semana, o mundo acompanha, como de costume, as novidades divulgadas durante o congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, conhecido como Asco, o maior e mais importante encontro mundial sobre câncer. Neste ano, entre os destaques mostrados no centro de convenções, em Chicago, um, especialmente, chama a atenção não só pela importância de seus resultados como também pelo simbolismo que carrega. Pesquisadores do MD Anderson Cancer Center – uma das principais instituições do planeta para o tratamento da doença – apresentarão um trabalho no qual relatam como a ioga ajuda a tratar o câncer.

No estudo, realizado com portadoras de tumor de mama submetidas a sessões de radioterapia, ficou comprovado que o método, além de reduzir os níveis de cortisol (hormônio liberado em situações de estresse), melhora o funcionamento do corpo em geral. Entre outros ganhos, as participantes demonstraram maior capacidade de execução de tarefas cotidianas, mas difíceis de ser efetuadas por causa da doença, como subir escadas ou dar uma volta no quarteirão. Também sentiram menos cansaço, dormiam melhor e ainda encontraram uma forma menos doída de lidar com seu drama particular. “Elas dão mais foco à espiritualidade, na conexão consigo mesmas e com as outras pessoas”, disse à ISTOÉ Lorenzo Cohen, diretor do Programa de Medicina Integrativa do MD Anderson e responsável pela pesquisa. “Dessa maneira, fica mais fácil perceber o que realmente precisam e como alcançar essa meta.”

A apresentação de uma pesquisa sobre ioga em um evento mundial no qual a tônica, historicamente, sempre foi a divulgação de novidades que giram em torno da medicina tradicional – novos remédios ou aparelhos, por exemplo – é emblemática. O fato é a evidência mais concreta de que a medicina ocidental está incluindo a ioga na sua lista de recursos contra as doenças. Criada há cerca de cinco mil anos no lugar onde hoje é a Índia, a ioga é uma filosofia de vida (leia mais no quadro à pág. 107). Seu princípio fundamental é o de facilitar a conexão do corpo com a mente, entendidos como uma coisa única, indissociável. Não é por outra razão que, em sânscrito, a língua usada em rituais do hinduísmo, a palavra ioga remete ao significado de atrelar. Para que isso seja possível, ela se apoia em recursos como a meditação, a respiração profunda e a execução dos ásanas, posturas corporais inspiradas em animais ou em outras referências da natureza.

Depois de desembarcar no Ocidente como mais uma excentricidade do Oriente, a prática hoje ganhou o respeito da ciência e recebeu o direito de entrar pela porta da frente em alguns dos mais renomados serviços de saúde do planeta. O método figura entre as terapias complementares disponíveis no MD Anderson, no Massachusetts General Hospital, em Boston, e no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, por exemplo.
Na Clínica Mayo, outro respeitado serviço de saúde, localizado também nos EUA, ela é ofertada a portadores de doenças diversas. O pneumologista Roberto Benzo, por exemplo, a aplica no tratamento de insuficiência cardíaca (o coração perde a capacidade de bombear o sangue para o corpo) e de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), mal caracterizado pela destruição progressiva dos alvéolos pulmonares. “Os principais benefícios são a redução da dificuldade respiratória e a melhora do condicionamento físico”, explicou Benzo à ISTOÉ.

No Brasil, o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, um dos mais importantes da rede privada do País, prepara-se para oferecer a prática como mais uma opção de seu departamento de terapias complementares. No Hospital A. C. Camargo, também na capital paulista e especializado no atendimento a pacientes com câncer, aulas de ioga começaram a ser adotadas recentemente. “Elas ocorrem uma vez por semana”, informa a professora Aline Chrispan. “As participantes controlam melhor a ansiedade que aparece durante o tratamento.”

O mesmo movimento de incorporação da ioga pela medicina vem sendo registrado nos consultórios. “Indico para alguns pacientes, como os portadores de artrose”, diz o médico Mário Sérgio Rossi, coordenador do comitê de terapias complementares do Hospital Albert Einstein. “A prática ajuda na lubrificação das articulações, sem causar traumatismo”, diz. Doença inflamatória crônica, a artrose se caracteriza pela ocorrência de dor e deformações nas articulações. Por isso, além dos remédios específicos, é importante que os pacientes mantenham a funcionalidade das articulações por meio de exercícios corretos, que não agridam ainda mais essas estruturas. Por isso a ioga, com seus movimentos suaves e alongados, é uma boa opção.

Na clínica do dentista Fausto Ito, especialista em apneia do sono e ronco, do Rio de Janeiro, os pacientes são orientados a praticá-la, de preferência, em ambientes com pouca ou nenhuma iluminação. “A ausência da luz ajuda na produção da melatonina, um indutor natural do sono”, explica. “Os efeitos da ioga são potencializados e o resultado é a melhora na qualidade do sono.”

Uma pesquisa que acaba de ser publicada no Archives of Internal Medicine dá uma ideia da importância que a terapia vem ganhando. De acordo com o trabalho, 30% dos americanos fazem uso do método, assim como de outros do gênero, como acupuntura e meditação. E um em cada 30 pacientes recebeu a recomendação da prática de seus próprios médicos. “Há boas evidências da eficácia dessas técnicas, mas não esperávamos que o índice de aceitação pelos médicos fosse tão alto”, afirmou Aditi Nerurkar, da Harvard Medical School (EUA), autor do levantamento.

Ao mesmo tempo que sua indicação se consolida, proliferam pelos centros de pesquisas estudos para investigar o alcance de seus benefícios. Aqui no Brasil, pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) atestaram o efeito do método contra a hipertensão após a realização de um trabalho que acompanhou executivos com o perfil clássico desses profissionais: estressados, ansiosos e com pressão fora de controle. “Após oito meses, houve mudanças no estilo de vida e resgate da saúde”, contou o médico Fernando Bignardi. “E deixaram de ser hipertensos.”

Nos EUA, na Boston University School of Medicine, verificou-se que a ioga apresenta resultados mais eficazes no controle de distúrbios de humor, depressão e ansiedade em comparação a outros exercícios, como a caminhada. “Em exames posteriores à realização dos exercícios, os participantes exibiam taxas mais elevadas do Gaba, uma substância cerebral cujo nível, se estiver baixo, está associado a desequilíbrios de ordem emocional”, disse à ISTOÉ Chris Streeter, professora de psiquiatria e coordenadora do trabalho.

Essa característica – a de ajudar a lidar com os sentimentos – também está fazendo da ioga uma aliada contra a obesidade. É verdade que a própria execução dos exercícios já auxilia na queima de calorias. No entanto, a ciência está constatando que o impacto é mais profundo. Um claro indicativo foi registrado em uma pesquisa da Fred Hutchinson Cancer Research Center (EUA). Os cientistas acompanharam as respostas de mulheres que estavam magras ou com sobrepeso. “Em dez anos, as praticantes ganharam menos peso do que aquelas que não faziam ioga”, explicou à ISTOÉ Alan Krystal, responsável pela pesquisa. “E isso ocorreu independentemente do nível de atividade física e dos padrões de alimentação de cada uma”, disse. Na avaliação do cientista, o que está por trás do resultado é a consciência, despertada pela ioga, do tamanho real do apetite. O método ajuda o indivíduo a perceber por que está comendo e a parar quando satisfeito.

De fato, quando usada em doenças permeadas por forte conteúdo emocional – caso da obesidade –, a ioga manifesta uma particular eficácia. Pacientes com fibromialgia, por exemplo, estão entre os mais beneficiados. A enfermidade manifesta-se pela ocorrência de dor crônica e generalizada pelo corpo. Com o passar do tempo, torna-se um inferno na vida do portador. Debilitado pela dor constante, aos poucos ele se isola, deprime-se.

Uma iniciativa da Oregon Health & Science University (EUA) revelou como o método pode ajudar. Foram recrutadas 53 mulheres com fibromialgia. As voluntárias foram avaliadas depois de ser submetidas a um programa de ioga desenhado para suas necessidades – contemplando mais fortemente aspectos como dor, fadiga, problemas com o sono e dificuldades emocionais acarretadas pela doença. Todos os pontos apresentaram melhora. Um deles chamou a atenção. “Elas ficaram mais dispostas para a vida, apesar do sofrimento”, disse James Carson, coordenador do trabalho. “E aprenderam a não dar tanto espaço a tendências ruins, como a de supervalorizar a dor.”

Na opinião de Marcos Rojo, professor e pesquisador da técnica na Universidade de São Paulo, uma das explicações para modificações como essa é justamente o estabelecimento da conexão mente-corpo perseguida pela ioga. “Ela trabalha mecanismos que têm alguma relação um com o outro. Por exemplo, se você passa por um período de muita ansiedade, pode ter alterações no sistema digestivo ou cardiorrespiratório”, diz. “Um dos objetivos da ioga é fazer o caminho inverso: trabalhar o corpo para interferir nas emoções”, afirma.

É sabido que a atuação também se dá no nível físico propriamente dito. Um exemplo é o que proporciona no caso da dor. “Quando a pessoa sente o sintoma, se contrai. Com a ioga, aprende a relaxar profundamente”, explica Luciana Brandão, do Estúdio Ioga na Cidade, de São Paulo, e pós-graduanda na Unifesp em terapias complementares. “O sangue circula mais, ajudando a reduzir a sensação”, complementa.

No caso das doenças respiratórias, o efeito produzido pelos exercícios de respiração aumenta a eficiência dos músculos que integram o sistema responsável pela oxigenação do organismo. Em uma análise realizada por médicos da Chicago Medical School (EUA), o benefício foi constatado após acompanhamento de 22 pacientes que fizeram aulas de uma hora, três vezes por semana, durante um mês e meio.

Há dois pontos ainda não completamente esclarecidos no que se refere ao uso terapêutico da ioga. O primeiro diz respeito ao formato das aulas. O segundo, à frequência com que devem ser feitas. Em relação ao tipo de aula, a tendência é criá-las para ser mais específicas. Na Escola Narayana, uma das mais tradicionais de São Paulo, os responsáveis recebem alunos interessados no auxílio que a ioga pode trazer para males distintos. “Desenvolvemos aulas de acordo com a questão de saúde de cada um”, afirma Luzia Rodrigues, coordenadora da escola. Quanto à frequência ideal, restam dúvidas. “Ninguém ainda sabe dizer ao certo”, disse à ISTOÉ Brent Bauer, da Clínica Mayo. O médico orienta seus pacientes a praticar pelo menos 30 minutos todos os dias.

Pressão sob controle
Foi um caso grave de aneurisma da aorta, há cinco anos, que fez o compositor e guitarrista Yvo Ursini, 33 anos, repensar sua vida e encontrar a ioga. Embora o problema de saúde lhe imponha algumas limitações – como não realizar exercícios que alterem o fluxo sanguíneo para a cabeça –, ele comemora os avanços. “Melhorei muito minha consciência corporal e minha pressão arterial está mais controlada.”

Postura contra a dor
Durante uma aula de ioga, é preciso capacidade de alongamento e força nos músculos de todo o corpo. Um dos resultados dessa combinação de esforços é o alívio da dor. “Tenho uma alteração na coluna lombar e a ioga me ajuda a aliviar a tensão que causa dor”, conta a administradora na área médica Carla Hellner, 42 anos.

Alívio depoisdo câncer
Após a retirada dos seios devido a um câncer, a auxiliar administrativa Adriana Ferreira Lima, 34 anos, encontrou na ioga uma forma de acelerar sua reabilitação. “Faço posturas mais lentas para recuperar a mobilidade do braço e da mão, prejudicados pela cirurgia”, fala. “Comecei há seis meses, mas já sinto que meus movimentos e minha respiração melhoraram.”

De aluno a professor
Primeiro ele se interessou como aluno. “Procurei a ioga em busca de mais sintonia entre corpo e mente”, conta o professor de educação física Isaías Lemos, 31 anos. Alguns anos depois, contente com os resultados, ele resolveu fazer um curso de especialização. “Acabei trocando a ginástica artística, modalidade da qual era treinador, pela ioga.” Hoje ele dá aula e é referência para os outros professores da modalidade, na academia Bio Ritmo, em São Paulo.
Uma aura de mistério envolve as origens da ioga. Acredita-se que a filosofia tenha surgido há cerca de cinco mil anos, no território onde atualmente se localiza a Índia. Para os hindus, os ensinamentos foram dados por Shiva – deus da transformação. Durante muitos séculos não houve registro escrito da técnica: os mestres passavam os conhecimentos aos seus discípulos por meio da tradição oral. O primeiro registro data de pouco mais de dois mil anos, com o livro que ficou conhecido como “Yoga Sutra”.

A produção científica em torno do tema é ainda mais recente. Começou na década de 1920, com a criação de um instituto governamental na Índia para pesquisar os efeitos da ioga sobre o corpo. “À época essa iniciativa não foi vista com muita felicidade pelos indianos, pois a eles a tradição bastava, não era necessária a preocupação científica”, diz Marcos Rojo, professor e pesquisador de ioga na Universidade de São Paulo.

Foi, todavia, a busca pelo cientificismo que impulsionou a vinda da prática para o Ocidente. Deste lado do mundo, a ioga ganhou também outros ares, com foco maior na parte física. “A visão original da ioga entende o corpo como um meio para se experimentar sensações importantes para a evolução espiritual”, fala Rojo. A filosofia inclui princípios, como o respeito à natureza, a não violência, o controle dos impulsos e dos sentidos e o desapego de pessoas e objetos. A preocupação com o alinhamento e o tônus muscular – questões relacionadas com a parte física – foram acrescentadas após a ocidentalização da prática.

(O post ficou longo, mas resolvi colocar a reportagem na íntegra depois de ainda ouvir, nos dias de hoje, um preparador físico de um programa de televisão afirmando que a "atividade" do yoga não serve para nada uma vez que não se perde calorias e não se ganha tonos muscular).

The Museum of Me

Você já deve ter ouvido expressões como “minha vida dava um filme” ou “minha vida é um livro aberto”, não é mesmo? Agora e se alguém dissesse que você poderia transformar sua vida num museu?

Essa idéia maluca está por trás do The Museum of Me, um projeto inovador da Intel, que tem nos dado tantas coisas bacanas ultimamente.

A proposta é simples: conecte sua conta do Facebook com o museu e deixe a tecnologia fazer o resto. O resultado é tão mas tão legal, que não vamos estragar sua surpresa. Vai lá abrir o seu e me convida pra inauguração depois!


Via: Farm

SUEÑO: LA BICICLETA

Pratique. Leia. Compartilhe.


A vontade é desenvolvida por Tapas.
A sabedoria é desenvolvida por Svadhyaya.
E o amor, por Isvara-pranidhana.

{Maria Laura Packer}

Tapas = auto-esforço;
Svadhyay = auto-estudo;
Isvara-pranidhana = auto-entrega

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